quinta-feira, 30 de abril de 2009

Diálogo ébrio

Saí para tomar um vinho e conversar dia desses, até que ouço:

Por que vc nunca se casou? [hey, isso é pergunta que se faça?]
E respondo: pq nunca achei alguém q valesse a pena. [sincera]
Devolvo: E vc? [Né?]
Recebo de volta: pq nunca achei a pessoa certa. [Ok...]

É, acho que tenho um novo amigo -ou talvez só tenha bebido um pouquinho além da conta...

domingo, 26 de abril de 2009

Meus últimos dias em CG

Da última vez que vim para cá quase não saí de casa, a fim de evitar confusão. Como não tenho mais esse tipo de problema, me joguei na "náite" de Campo Grande. Exagero, não foi bem assim, mas também não posso dizer que não curti demais.

Logo de cara, fui conhecer o já famoso (ha-ha) bar da Grazi, próximo à UFMS, que fica bem na frente do antigo Escobar. Com o mesmo estilo "boteco universitário", oferece cerveja Heineken a R$ 2,50. Discutimos por horas os motivos dela conseguir um preço tão bom, sem chegarmos a uma conclusão sensata (ou alguma que pudesse ser publicada). E para a noite lá ser completa, só vale se for acompanhada das singelas canções "aniversário do Taiada" e "do outro lado da cidade". Lembre-se de protejer o cofrinho, principalmente na hora das fotos.

Fui também ao bar Bodega, na principal avenida da cidade (eu ia escrever "uma das principais", mas não é o caso). Ele tem mesinhas na calçada, então, para poder usar o banheiro, eles colocam no braço das pessoas uma daquelas pulseirinhas para identificar quem está no camarote nas danceterias. Mas neste caso, serve mesmo é para mostrar a todo mundo se você já foi ao banheiro naquela noite ou não.

Dá para resolver isso facilmente sentando na mesinhas de dentro, mas as de fora são mais interessantes. Entre outras coisas, porque dá pra paquerar tanto quem está no bar quanto quem está na rua -e eventualmente alguém que esteja na mesma mesa que você.

Outro lugar que tive que conhecer foi o Barbaquá. Como era uma sexta-feira, tinha samba e tals, num ambiente bem gostoso. Tem também o Lola, que já existia quando eu morava aqui, mas que na época nem me animei a conhecer. Conheci desta vez e vi que não perdi muita coisa. Dos "antigos", fui ao 21, ao Mercearia e ao Fly.

Na sessão "fome da madrugada", o Carlinhos Lanches, um trailer antes indispensável, decepcionou. O x-salada que antes era vistoso e muito bom, estava com o pão ressecado, o alface mirradinho e o hambúrguer passado do ponto de fritura (sim, quase queimado). Só matei a vontade de um bom x-salada uma semana depois, no Narizinho Lanches, que ainda tem a vantagem de ser perto de casa (oops, da casa da minha mãe).

Também teve blues/rock regional na concha acústica do Parque dos Poderes, os churrascos na casa dos amigos e as feiras noturnas durante a semana, com direito a crepe, pastel e tubaína. Já estou cansando de ficar aqui, mas também não posso dizer que não vou morrer de saudades.

E pra quem quiser comemorar: "Hoje é aniversário do Taiada! Palma pro Taiada! Palma pro Taiada!".

Aqui e lá

Assim como vim de última hora para Campo Grande, agora não consigo ir embora. A data já estava certa, mas, mais uma vez não resisti a apelos pedindo para que eu ficasse. Teve banda na rua, faixas espalhadas por toda a cidade, pedidos de autoridades. Tá, nada disso. Só pessoas que amo me olhando com aquele "olhar do gato do Shrek" -acho que todo mundo sabe do que estou falando. E que isso não é pouca coisa.

Já aproveitei bastante minha passagem por aqui. Não fiz tudo o que pretendia, mas vi muita gente querida, dei muita risada, passeei demais, conheci gente nova que adorei. Enfim, matei saudades mesmo -e também criei outras novas que sentirei demais.

E apesar de adorar essa cidade e amar as pessoas que tenho aqui, sinto que não é mais o meu lugar. Até gostaria de ficar, mas não dá mais. E já começo a sentir saudades de lá...

domingo, 12 de abril de 2009

Justificativa de ausência

Estou eu novamente em Campo Grande. Vim de última hora, de surpresa -e foi uma delícia. Tudo bem que vim de ônibus e a viagem que já seria longa acabou durando o dobro do tempo, mas isso é assunto pra outro post.

Fato é que hoje já deveria estar voltando, mas resolvi ficar por mais uns dias. Como no ano passado, quando vim para ficar uma semana e só voltei depois de um mês. Desta vez não me demorarei tanto, mas de qualquer forma já passei do tempo previsto.

É difícil, sinto uma falta imensa de (quase) todos. Família, amigos, lugares. Não sei se um dia voltaria a morar aqui, mas definitivamente adoro essa cidade e (quase) tudo o que deixei nela. Confesso que algumas vezes tenho vontade de fazer ao menos uma tentativa. Mas seria desistir de muita coisa -e não vou fazer isso. Ao menos, não agora.

Pra quem reclamou (de lá e daqui) que não avisei com antecedência: decidi vir mesmo quando faltavam apenas duas horas para o ônibus partir. Ou seja, mal tive tempo para arrumar as malas, quanto mais ficar avisando um e outro.

Pra quem sentiu falta dos meus textos esses dias todos: sempre que me sentava aqui para escrever, acontecia algo como alguém em casa querendo me ver ou me chamando para sair. E eu cedi a todas, lógico.

Comecei alguns posts e deletei porque estavam pela metade e perderam a graça. Este aqui, por exemplo, começou a ser escrito hoje pela manhã. Depois de algumas interrupções (das quais não reclamo nem um pouco) acho que finalmente está terminado. Ou não.

domingo, 5 de abril de 2009

Sem censura

E agora os comentários aqui estão liberados! Nada mais de aprovação do moderador (euzinha). Quer falar bem, falar mal, fique à vontade. Só não vale xingar a mãe (pelo menos não a minha -a sua pode), até por uma questão de bom senso.

Porque censura é coisa de ditadura e eu não preciso disso não. Quer dizer, nesse caso aqui ditabranda total, porque não me lembro de nenhum que eu não tenha aprovado. E sei que é mais interessante comentar e já ver bonitinho lá, de imediato, logo abaixo do post.

Por enquanto é isso. Bem provável que eu volte ainda hoje.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Post de sexta-feira

E tem horas que este espaço aqui parece imenso, e que nunca vou conseguir preenchê-lo -um verdadeiro desafio. Em outros, tenho vontade de escrever tantas coisas, que teria que colocar um post de meia em meia hora para dar conta de tudo.

Hoje foi um dia desses de querer postar sobre qualquer coisa. Andando na rua, tudo me parecia motivo para texto. Infelizmente não dava para parar e anotar cada pensamento, cada historinha instantânea que se formava a cada visão, a cada esquina.

Eis que me sento aqui na frente do computador e essa inspiração toda some. Tudo o que pensei em escrever durante o dia simplesmente desapareceu. Ficou lá fora na rua com os barulhos, pessoas estranhas e (maus) cheiros da cidade.

Aqui dentro, silêncio, paz. E ao mesmo tempo saudade de uma época em que as noites de sexta-feira significavam ir para a rua ver gente, ouvir boa música e outras coisas mais. Mas para hoje, só este post um tanto sem sentido mesmo.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Histórias de todo mundo

Um dia ela resolveu viajar. Gostaria que ele tivesse ido junto, mas ambos sabiam que não dava. Ela foi reencontrar o passado. Precisava.

E voltou apaixonada -por outro.

Um amor antigo, com um "quê de pecado", como diria Djavan. Quando voltou, carregava uma foto dele na carteira. Piegas assim. "É apenas um bom amigo". Ele não acreditava, mas não podia contestar porque a essa altura também já tinha segredos. E ela sabia de todos. Conhecia e aguentava pois também guardava os seus.

Tentaram resistir às paixões externas e foram se afundando cada vez mais num relacionamento frio e sem nenhuma graça. Até que ela resolveu colocar um ponto final. Ele não aceitou. Ela deu um tempo para que ele se acostumasse com a ideia. E então ele colocou seu ponto final. Porque se era ele, então podia.

Ela jogou toda a culpa nele, fez drama, chorou por toda uma tarde. Ele chorou também, mais por culpa do que por sentimento. Ou talvez, mais por fingimento do que por qualquer outra coisa.
Ela riu por dentro, mas por fora ainda chorava. Saiu de lá com um abraço distante e foi cada um viver sua vida.

Melhor assim.