quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A "velha Ana"

E hoje quase morri de saudade da "velha Ana", aquela a quem os amigos chamavam quando eu, a Ana, não estava afim de sair num sábado a noite. "Só estou cansada, afim de ficar em casa hoje!" [provavelmente já tinha saído nas três noites anteriores]. "Ah, cadê a velha Ana?", respondiam, de pronto. Mas era só por uma noite, e logo a velha Ana já estava de volta.

Isso faz muito tempo, e nem dá pra dizer que foi quando vim para São Paulo. A velha Ana já tinha me deixado muito antes... E como sinto falta dela! Em certos momentos chego a odiar sua ausência. Como agora.

Como no dia em que percebi que havia esquecido das minhas maquiagens, esmaltes e chapinhas, salto-alto e tudo o mais. Esqueci das músicas e filmes de que eu gostava e esqueci até de gostar de mim. E quando acho que tudo está voltando a se encaixar, vem o mundo pra me provar que a velha Ana simplesmente acabou. E a nova, não sabe de nada.