sexta-feira, 29 de julho de 2011

PJ

Era começo dos anos 90 e da minha adolescência. Eu buscava meus ídolos enquanto Axl Rose jogava cadeiras nos jornalistas [e eu ainda nem tinha abraçado a profissão]. Não dava. Eis que aparece uma banda de Seattle [pra quem não sabe, é uma cidade dos EUA que virou modinha na época, várias bandas vieram de lá e cunharam o termo grunge, mas isso é assunto pra outro post que não sou eu que voou escrever]. Me lembro de ter visto o clipe [sim, era assim que a gente conhecia os lançamentos] da música Jeremy com estranheza pela primeira vez, mas foi só prestar um pouquinho mais de atenção e me apaixonei loucamente, profundamente, irreversivelmente.

Bom tempo depois, entrei na faculdade e quando eles vieram ao Brasil pela primeira vez, eu estava no meu último ano. E adivinhem: o show em São Paulo era no sábado, eu morava em Campo Grande e precisava entregar meu TCC [que ainda não estava pronto] na segunda-feira seguinte. Ou seja: fosse no show, não me formaria naquele ano. Além do mais, estava desatualizada, achei q eles fossem tocar as músicas novas que eu mal conhecia. E assisti ao show pela TV, com absolutamente TODAS as músicas que sempre sonhei ver ao vivo. Confesso que me arrependi. Poderia ter me formado no começo do ano seguinte, mas outro show? Teria que esperar anos...

Seis anos, exatamente. O show é só em novembro, mas meu ingresso já está comprado. E pra quem não entende porque isso me faz parecer uma menina boba, explico [embora nem devesse]: isso me traz de volta aos meus 13, 14 anos. Trouxe de volta muita coisa em que eu acreditava e acabei deixando de lado, porque "adultos não têm tempo para isso" ou simplesmente porque deixei passar mesmo. Pode parecer exagero, mas tem a ver com minha essência, minhas primeiras descobertas, meus primeiros sonhos e desejos.

Agora é segurar a ansiedade até lá. E sonhar...

quinta-feira, 28 de julho de 2011

(Y)

Tanta coisa acontecendo e eu nunca mais apareci por aqui. Não por falta de tempo, mas por não saber o que escrever mesmo, por não querer me expor, nem pro bem, nem pro mal. Tudo o que sei é que entre todos esses acontecimentos bons e ruins, o saldo é positivo, sem dúvida.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Mimos e pontapés

2011 veio pra mim como um presente indesejado. Aquela visita querida que chega de surpresa quando você está de saída e não pode ficar. Estamos no novo ano há menos de duas semanas e acho que já amadureci o equivalente a dois deles. O que é bom.

Minha primeira frase do ano: "estou sozinha". As pessoas que sempre contei que estariam ao meu lado... bom, deixa pra lá. Cresci. A segunda frase: "não estou sozinha". Recebi, nesses poucos dias de ano, tanto carinho, esperado ou não, que é injusto demais eu continuar dizendo que só levei pontapés, como fiz dia desses.

E sabem? Esses mimos todos me fizeram muito mais forte do que o sofrimento poderia ter feito. Ou talvez a proporção de carinho tenha sido excessivamente maior. Porque se é bom sempre duvidar, é muito melhor poder acreditar.

Vamos ver o que vem por aí.

Em tempo: "Feliz 2011" não entra na lista de mimos recebidos. Falo de algo muito maior.