Nunca ouvi falar de alguém que gostasse de tal tarefa. Já vi quem não se importe em fazer, mas gostar do ato em si...
Claro que tem toda a expectativa da viagem, ansiedade e tudo o mais. Enquanto coloco cada peça de roupa imagino as situações em que posso usá-la, as cenas que podem acontecer. Mas definitivamente, escolher qual vai e qual fica não é nada agradável.
Eu tenho um método (creio que o pior de todos, mas não consigo fazer diferente por mais q tente). Separo TODAS as peças que gostaria de levar. Calculo o tempo que ficarei e o tamanho da mala. Então parto pra eliminação. E durante a estadia fora vou me lembrando dos motivos que me fizeram deixar de fora aquela blusa rosa que ficaria perfeita agora, a calça jeans que estou precisando ou a rasteirinha de pedrinhas. Alguém pode me mandar por sedex?
E por Deus! O que eu tinha na cabeça quando resolvi trazer esta azul ou aquela outra vermelhinha? E esse sapato então, céus! Onde eu imaginava usar isto? Veio só pra ocupar espaço...
Ao menos mala de praia não tem muito o que errar. Biquínis, cangas e afins. E a maioria ocupa pouco espaço, sempre dá pra "errar" um pouquinho. Pior mesmo é ir para lugar frio, quando cada casaco ocupa um terço da mala. Ou cada bota ou cada cachecol. Não é o caso agora.
Só sei que preciso aprender.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Eu devia era falar de carnaval
O estatuto do idoso garante vários direitos às pessoas da terceira idade. Quem trabalhou a vida toda por um futuro melhor para os filhos e netos e blablablá. Mas não vou escrever aqui um poeminha à la Pedro Bial.
Dia desses, fui a uma casa lotérica pagar uma conta. Estava cansada e com fome, mas fiquei lá na fila um bom tempo. Quase na minha vez, quem chega? Uma senhora toda bonitona, provavelmente havia acabado de sair do salão de beleza (direito dela à vaidade, concordo plenamente) e entra na frente de todos da fila. Nas mãos, um bilhete de jogo da Mega Sena ou qualquer outro semelhante. Ok.
Cena 2. Você, depois de um dia de trabalho exaustivo, consegue finalmente entrar no ônibus. E consegue aquele único lugar pra se sentar. Com uma observação: assento reservado (...) na ausência dessas pessoas o uso está liberado (qualquer coisa do tipo). E no ponto seguinte entra quem? A velhinha bonitona. Você é obrigado por lei a ceder seu lugar à distinta dama. E pela conversa com a amiga também bonitona que a acompanha, você logo percebe o destino de ambas: algum desses bailes da terceira idade.
Acho mesmo é que eles têm mais é que aproveitar a vida mesmo, sair, dançar, viajar, praticar esportes, tudo isso de maneira digna. Na maioria dos casos, realmente trabalharam muito durante a vida toda mesmo, mas têm alegria de viver e muita disposição pra tudo isso -muito mais do que um jovem que trabalhou o dia todo e não vê a hora de chegar em casa e finalmente descansar.
A culpa não é deles. Se o povo tivesse educação como um todo, não seria necessário marcar assentos ou tornar obrigatória a "furação de fila". Seria natural dar o lugar a alguém que percebêssemos que realmente precisa. E mais justo. Mas esse não é um blog educativo -e acho que eu seria processada se tivesse escrito o que realmente tive vontade.
Dia desses, fui a uma casa lotérica pagar uma conta. Estava cansada e com fome, mas fiquei lá na fila um bom tempo. Quase na minha vez, quem chega? Uma senhora toda bonitona, provavelmente havia acabado de sair do salão de beleza (direito dela à vaidade, concordo plenamente) e entra na frente de todos da fila. Nas mãos, um bilhete de jogo da Mega Sena ou qualquer outro semelhante. Ok.
Cena 2. Você, depois de um dia de trabalho exaustivo, consegue finalmente entrar no ônibus. E consegue aquele único lugar pra se sentar. Com uma observação: assento reservado (...) na ausência dessas pessoas o uso está liberado (qualquer coisa do tipo). E no ponto seguinte entra quem? A velhinha bonitona. Você é obrigado por lei a ceder seu lugar à distinta dama. E pela conversa com a amiga também bonitona que a acompanha, você logo percebe o destino de ambas: algum desses bailes da terceira idade.
Acho mesmo é que eles têm mais é que aproveitar a vida mesmo, sair, dançar, viajar, praticar esportes, tudo isso de maneira digna. Na maioria dos casos, realmente trabalharam muito durante a vida toda mesmo, mas têm alegria de viver e muita disposição pra tudo isso -muito mais do que um jovem que trabalhou o dia todo e não vê a hora de chegar em casa e finalmente descansar.
A culpa não é deles. Se o povo tivesse educação como um todo, não seria necessário marcar assentos ou tornar obrigatória a "furação de fila". Seria natural dar o lugar a alguém que percebêssemos que realmente precisa. E mais justo. Mas esse não é um blog educativo -e acho que eu seria processada se tivesse escrito o que realmente tive vontade.
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Primeiro amor
Amanhã tem almoço de aniversário na casa de uma antiga amiga da família (e se ela ler usei este adjetivo, certamente vai brigar comigo). Fato é que a conheci no começo da minha adolescência, não me lembro exatamente quando. Ela e os filhos, um casal.
Lembro-me que o menino era dois anos mais velho que eu (ainda deve ser, obviamente). E que eu ficava toda tímida na presença dele, porque além de sermos ainda praticamente crianças, os "encontros" eram sempre na presença da família toda, o que me fazia ainda mais envergonhada.
E apesar de ser um interesse correspondido, não aconteceu. Nunca passou de alguns elogios de um por parte do outro a terceiros, e de alguns poucos olhares trocados, assim, de bobeira, por nada, até que seguimos caminhos diferentes e nunca mais nos encontramos.
Ouvi dizer que está ainda mais lindo, casado e que agora tem um bebê recém-nascido. Talvez eu os veja amanhã, assim espero. Torço para que ele esteja bem. E que a esposa seja realmente linda e o bebê idem, além de saudáveis. E que eles sejam felizes juntos. É só curiosidade mesmo.
Porque só os amores que não acontecem duram para sempre.
Em tempo: eu vou MORRER de vergonha se algum dos envolvidos passar por aqui. #)
Lembro-me que o menino era dois anos mais velho que eu (ainda deve ser, obviamente). E que eu ficava toda tímida na presença dele, porque além de sermos ainda praticamente crianças, os "encontros" eram sempre na presença da família toda, o que me fazia ainda mais envergonhada.
E apesar de ser um interesse correspondido, não aconteceu. Nunca passou de alguns elogios de um por parte do outro a terceiros, e de alguns poucos olhares trocados, assim, de bobeira, por nada, até que seguimos caminhos diferentes e nunca mais nos encontramos.
Ouvi dizer que está ainda mais lindo, casado e que agora tem um bebê recém-nascido. Talvez eu os veja amanhã, assim espero. Torço para que ele esteja bem. E que a esposa seja realmente linda e o bebê idem, além de saudáveis. E que eles sejam felizes juntos. É só curiosidade mesmo.
Porque só os amores que não acontecem duram para sempre.
Em tempo: eu vou MORRER de vergonha se algum dos envolvidos passar por aqui. #)
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
De segunda a segunda
Porque agora consigo enxergar novamente cores nos meus dias.
Posso reclamar da segunda porque é o dia da preguiça (embora muita gente saiba que as adoro exatamente por representarem um começo).
Na terça, perceber o quanto somente esta semana está demorando a passar. Toda terça.
Quarta, ficar feliz porque já estamos na metade do caminho.
E quinta, que delícia! Começar a combinar coisas porque o fim de semana já está quase aí.
Sexta, sair com a turma, conhecer gente nova, reencontrar amigos, ouvir boa música -melhor ainda se for na presença de um chope gelado. Ou dois. Ou mais, quem sabe?
Sábado tudo isso de novo, ampliado. E desta vez com direito a dança.
E domingo... reencontrar o conforto de casa na companhia de pessoas queridas. Descansar, ficar de bobeira, falar ao telefone por horas com quem está distante.
Pra segunda -já caindo no óbvio- começar tudo de novo, e melhor.
E tenha uma excelente sexta-feira! [e sábado e domingo e assim vai]
Posso reclamar da segunda porque é o dia da preguiça (embora muita gente saiba que as adoro exatamente por representarem um começo).
Na terça, perceber o quanto somente esta semana está demorando a passar. Toda terça.
Quarta, ficar feliz porque já estamos na metade do caminho.
E quinta, que delícia! Começar a combinar coisas porque o fim de semana já está quase aí.
Sexta, sair com a turma, conhecer gente nova, reencontrar amigos, ouvir boa música -melhor ainda se for na presença de um chope gelado. Ou dois. Ou mais, quem sabe?
Sábado tudo isso de novo, ampliado. E desta vez com direito a dança.
E domingo... reencontrar o conforto de casa na companhia de pessoas queridas. Descansar, ficar de bobeira, falar ao telefone por horas com quem está distante.
Pra segunda -já caindo no óbvio- começar tudo de novo, e melhor.
E tenha uma excelente sexta-feira! [e sábado e domingo e assim vai]
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Cartola
Amo desde a primeira vez que ouvi, se não me engano na voz de Marisa Monte. Já faz bastante tempo [ela gravou em 88] e ainda faz sentido demais para mim:
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Quero assistir ao sol nascer
Ver a água dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer
Quero viver...
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Depois que me encontrar...
"Preciso Me Encontrar" - Candeia/Cartola
É, acho que não preciso dizer mais nada. Mas tá quase... ;)
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Quero assistir ao sol nascer
Ver a água dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer
Quero viver...
Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar
Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Depois que me encontrar...
"Preciso Me Encontrar" - Candeia/Cartola
É, acho que não preciso dizer mais nada. Mas tá quase... ;)
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Pra hoje, o que temos?
Nada.
A inspiração não veio, não descobri nem entendi nada mágico, não fiquei quase presa em nenhuma enxurrada. O máximo que me aconteceu foi uma barata voadora entrar pela janela do quarto. Mas isso não rende um post -não num dia sem inspiração.
A inspiração não veio, não descobri nem entendi nada mágico, não fiquei quase presa em nenhuma enxurrada. O máximo que me aconteceu foi uma barata voadora entrar pela janela do quarto. Mas isso não rende um post -não num dia sem inspiração.
Postado por
Ana Lucia Abrão
em
2/09/2009 11:10:00 PM
Marcadores:
Bicho-papão e outros bichos,
Socorro
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Sobre as atrações paulistanas (!)
Há algum tempo me dei conta de que estou em São Paulo há mais de um ano e ainda conheço muito pouco dos lugares que pessoas que vem passar uma semana aqui conhecem. Assim, resolvi ir, sozinha ou acompanhada, ao Masp, ao Museu da Língua Portuguesa, à Pinacoteca e outros. Falta ainda (imperdoável) o Parque do Ibirapuera e alguns outros pontos que pretendo em breve. Outra coisa de que gosto muito e que até então conhecia apenas dois ou três eram os barzinhos e baladas. É do que estou cuidando no momento, mas é assunto pra outro post (ressaltando que boa companhia é sempre bem vinda!).
Resolvi também também assistir a um ensaio técnico das escolas de samba. Blusinha de alcinha pra não deixar marca de sol, bermudinha e rasteirinha, lá vou eu [de ônibus] pro tal do sambódromo. O calor estava matando, mas de repente o tempo fechou e em questão de minutos começou a chuva. Daquelas.
Pois bem, o digníssimo ônibus, depois de me deixar meia hora plantada no ponto -literalmente no sol e na chuva- resolveu passar, e eu, já encharcada, subi. Ainda perto de casa, pelas janelas embaçadas, eu e os demais passageiros víamos a água subir. Em determinado ponto, quase entrando na banca de revistas -a mulher ao lado fez questão de me mostrar.
Até que, num determinado cruzamento, o motorista achou que não conseguiria passar. Mas ele ia tentar. Eu, como sempre no Mundo de Bob (que se alguém vive no mundo da lua e não sabe do que se trata, é um desenho em que um personagem infantil cria as histórias mais absurdas em sua cabeça tiradas de coisas cotidianas), já comecei a me imaginar no meio da enxurrada, o "Globocop" me filmando com imagens transmitidas ao vivo para o SP-TV.
E a mochila? Como de lá talvez fosse pra uma das tal baladas, dentro dela estavam: minha calça e sandália favoritas, câmera digital com fotos ainda não passadas pro computador, maquiagem e os devidos cremes pra antes de dormir (demaquiante/hidratante), já que ia dormir na casa da amiga -sem contar dinheiro, documentos e tudo o mais. E eu já imaginando aquilo tudo encharcado e perdido. E a escova no cabelo, claro! (Que foi a única que se perdeu de fato, ou: "entre mortos e feridos, salvaram-se todos".)
Sei que em meio ao meu desespero (sem exagero agora!) percebi que eu não era a única. Duas moças pediram que o motorista abrisse a porta do lado esquerdo do ônibus (pra quem não sabe, aqui eles têm portas dos dois lados por causa dos corredores de ônibus, em que se utiliza a da esquerda) pra descer no meio da rua -portanto, da enxurrada. Quando vi, saltei por cima da moça ao meu lado e voei atrás das duas. Com o coração acelerado e sem ter tempo nem para abrir o guarda-chuvas, atravessamos as três para o outro lado da avenida e pegamos o mesmo ônibus, no sentido contrário. Já em casa e seca, demorei pra me refazer do susto -ou talvez não tenha me refeito até agora e por isso precisei escrever aqui.
De todas as "atrações" paulistanas, definitivamente estar numa enchente é uma que não quero conhecer.
Resolvi também também assistir a um ensaio técnico das escolas de samba. Blusinha de alcinha pra não deixar marca de sol, bermudinha e rasteirinha, lá vou eu [de ônibus] pro tal do sambódromo. O calor estava matando, mas de repente o tempo fechou e em questão de minutos começou a chuva. Daquelas.
Pois bem, o digníssimo ônibus, depois de me deixar meia hora plantada no ponto -literalmente no sol e na chuva- resolveu passar, e eu, já encharcada, subi. Ainda perto de casa, pelas janelas embaçadas, eu e os demais passageiros víamos a água subir. Em determinado ponto, quase entrando na banca de revistas -a mulher ao lado fez questão de me mostrar.
Até que, num determinado cruzamento, o motorista achou que não conseguiria passar. Mas ele ia tentar. Eu, como sempre no Mundo de Bob (que se alguém vive no mundo da lua e não sabe do que se trata, é um desenho em que um personagem infantil cria as histórias mais absurdas em sua cabeça tiradas de coisas cotidianas), já comecei a me imaginar no meio da enxurrada, o "Globocop" me filmando com imagens transmitidas ao vivo para o SP-TV.
E a mochila? Como de lá talvez fosse pra uma das tal baladas, dentro dela estavam: minha calça e sandália favoritas, câmera digital com fotos ainda não passadas pro computador, maquiagem e os devidos cremes pra antes de dormir (demaquiante/hidratante), já que ia dormir na casa da amiga -sem contar dinheiro, documentos e tudo o mais. E eu já imaginando aquilo tudo encharcado e perdido. E a escova no cabelo, claro! (Que foi a única que se perdeu de fato, ou: "entre mortos e feridos, salvaram-se todos".)
Sei que em meio ao meu desespero (sem exagero agora!) percebi que eu não era a única. Duas moças pediram que o motorista abrisse a porta do lado esquerdo do ônibus (pra quem não sabe, aqui eles têm portas dos dois lados por causa dos corredores de ônibus, em que se utiliza a da esquerda) pra descer no meio da rua -portanto, da enxurrada. Quando vi, saltei por cima da moça ao meu lado e voei atrás das duas. Com o coração acelerado e sem ter tempo nem para abrir o guarda-chuvas, atravessamos as três para o outro lado da avenida e pegamos o mesmo ônibus, no sentido contrário. Já em casa e seca, demorei pra me refazer do susto -ou talvez não tenha me refeito até agora e por isso precisei escrever aqui.
De todas as "atrações" paulistanas, definitivamente estar numa enchente é uma que não quero conhecer.
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