quinta-feira, 10 de julho de 2008

Operação Satiagraha

O nome, segundo a Polícia Federal, quer dizer resistência pacífica e silenciosa. Investigaram por quatro anos e na última terça-feira resolveram que era hora de agir. Um monte de gente foi presa, entre eles um ex-prefeito de São Paulo, um banqueiro e um megainvestidor.

Muda a pauta e lá vou eu pra "coletiva de imprensa", na Superintendência da Polícia Federal, às 14h30.

Como boa foca que sou, imaginei aquela coisa de um cara falando aos jornalistas dentro de uma sala própria pra isso, com os repórteres fazendo perguntas e os entrevistados respondendo. Ok. Portões da Superintendência fechados: "tudo bem, não deve ter começado ainda. Que estou no lugar certo, estou, porque aqui tá cheio de gente da imprensa".

É... a "coletiva" era correr atrás de quem entrava e de quem saía do tal prédio para cercar o "pobre coitado" (essa foi ótima!) e ficar fazendo perguntas. E claro que nem todo mundo estava afim de falar. Um dos jornalistas perguntou, em tom irônico, a um dos Digníssimos Dôutôres que adentrava a Superintendência: "Doutor, o senhor já sabe quem é o cliente do senhor?" O distinto cavalheiro doutorado deixou escapar um risinho no canto da boca, mas fingiu que não ouviu...

A primeira disposta a falar: Ruth Stefanelli, advogada do ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta. Dentre as várias perguntas, desde as mais sérias ("quais são os fatos agora?") até as mais banais ("o que ele almoçou hoje?"), algum dos colegas quis saber a situação da cela em que o ex-prefeito se encontra, ao que a advogada respondeu: "está tudo sob controle, obviamente que não é tudo que as pessoas querem para si, mas dentro do possível eles estão numa condição digna de ficar pelo menos esses cinco dias."

Ok, condição digna. Vou eu roubar um pote de margarina...

Um comentário:

F. Schuler disse...

E não é que escreve muito bem essa minha foquinha?

;)

Amo um bocado!