quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A "velha Ana"

E hoje quase morri de saudade da "velha Ana", aquela a quem os amigos chamavam quando eu, a Ana, não estava afim de sair num sábado a noite. "Só estou cansada, afim de ficar em casa hoje!" [provavelmente já tinha saído nas três noites anteriores]. "Ah, cadê a velha Ana?", respondiam, de pronto. Mas era só por uma noite, e logo a velha Ana já estava de volta.

Isso faz muito tempo, e nem dá pra dizer que foi quando vim para São Paulo. A velha Ana já tinha me deixado muito antes... E como sinto falta dela! Em certos momentos chego a odiar sua ausência. Como agora.

Como no dia em que percebi que havia esquecido das minhas maquiagens, esmaltes e chapinhas, salto-alto e tudo o mais. Esqueci das músicas e filmes de que eu gostava e esqueci até de gostar de mim. E quando acho que tudo está voltando a se encaixar, vem o mundo pra me provar que a velha Ana simplesmente acabou. E a nova, não sabe de nada.

4 comentários:

Diogo C. Scooby disse...

Eu entendo,já passei por quase isso várias vezes. É uma constatação da Solidão isso, e ao mesmo tempo é a demonstração de uma descoberta que teve sobre si mesma.
Gostei. :)

eder disse...

Oi Ana.
Me identifiquei com o que disse sobre sua relação com São Paulo. E não conheço a "velha Ana" mas o pouco que vi da Ana gostei bastante.
Um beijo.

Unknown disse...

quantas vezes eu já passei por isso, e ainda não encontrei o velho Gustavo, que na verdade não tem nada de velho e sim novo, aquele espirito jovem, desordero, animado, SEMPRE ANIMADO, espivitado e ativo...

Mas sempre um dia ou outro ainda experimentamos um pouco daquela velha história, eu sei que de tempos em tempos vc deve trombar com a velha Ana, nem que seja em uma longa gargalhada...

abração

@gustavozr

BipEx disse...

"... open mind for a different point of view, and Nothing Else Matters..."