Esses dias me peguei no meio da rua com vontade de cantar - e de repente me lembrei do quanto sempre gostei disso, mesmo desafinada e com "uma voz que não sai" (como a menina com uma flor do Vinícius). E percebi que há muito isso não acontecia, querer cantar qualquer coisa, assim, do nada, bem alto e sem me preocupar com quem estava por perto.
Não sei o que teria cantado não fosse o receio de parecer louca. Não me veio à cabeça nenhuma música -nenhuma melodia, nenhum estilo específico.
E fico dividida, ao mesmo tempo tão alegre e tão triste. Um pedaço se foi porque eu deixei que fosse, por mais que eu quisesse que ficasse. Ao mesmo tempo, de repente sou tão mais eu, eu de novo, rindo e cantando -embora com um buraco no coração.
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
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